[Albergue Espanhol] |
|
[Caixa de Correio] Em Breve |
[Blogs]
A Aba de Heisenberg [Créditos]
© Template By Caz |
|
sexta-feira, janeiro 20Duas ou três coisas sobre a campanha eleitoral em vias de extinção1. Confirmou-se a correcção da estratégia de Cavaco Silva. Não falar. Quando teve de o fazer - campanha oblige -, desceu visivelmente em todas as sondagens. Chega a ser arrepiante. Nem em matéria de vinhos, quando interrogado sobre o assunto, conseguiu exprimir uma opinião (talvez com medo que o enólogo não votasse nele...). Toda a sua campanha foi construída apostando numa vitória à primeira volta. O que significa que tudo o que fique abaixo dos 50% no domingo será uma derrota fragorosa e constituirá uma tremenda inversão de expectativas que o fragilizará significativamente numa eventual segunda volta. 2. Tenho a impressão que as sondagens estão a subvalorizar o resultado que Mário Soares vai ter no domingo. Ver-se-á. Independentemente disso, apesar da indigna campanha sobre a sua idade iniciada logo que anunciou a candidatura, voltou a dar um exemplo de combatividade sem paralelo na política portuguesa. Não tinha necessidade de o fazer, podia ter ficado em casa a ver pela televisão e a debitar comentários, mas fê-lo, ninguém o negará, por convicção. O «animal« está vivo e bem vivo. Mostrou que não tem vocação para estátua (até para não ser beijado por Manuel Alegre...). Poderá ter contribuído - e esse não é um contributo menor - para a sociedade portuguesa vir a reflectir sobre a forma como lida com os seus velhos. Expô-se, sem qualquer tipo de medo, e ao expôr-se revela defeitos e virtudes, que todos já conheciam. Disse sempre o que pensava - dos vinhos à situação da Justiça - e isso, no reino do calculismo, incomoda muito boa gente e é uma ruptura que merece ser assinalada. Não penso sempre como ele, muito longe disso (mas mesmo muito longe), mas é nele, obviamente, que voto (fica a declaração de interesses). Não tem nada a perder. Ganhe ou perca, e as sondagens parecem indicar que pode perder, voltará em breve ao estatuto, merecido, de grande «senador» da democracia portuguesa. 3. Manuel Alegre. A campanha do vazio e do bacoco. Serviu apenas para mostrar a única motivação que o levou a ser candidato: a vaidade. Deus nos livre. ![]() ![]()
|