[Albergue Espanhol]


«Portugal: questão que eu tenho comigo mesmo (...), feira cabisbaixa, meu remorso, meu remorso de todos nós...» {Alexandre O'Neill}

segunda-feira, janeiro 16

O eucalipto

Com a recusa (de quem é que havia de ser?...), hoje, da proposta da RDP para um debate entre todos os candidatos presidenciais na próxima sexta-feira, já não há como escapar a uma conclusão. Não haverá debates nesta campanha eleitoral. O máximo que se conseguiu foram aproximações. É um velho traço indissociável do cavaquismo: a fuga ao debate. O horror ao confronto político. A diabolização da política. O cultivar do vazio ideológico.
Ou, como diria o professor de Boliqueime, ele-próprio, do alto do seu pedestal, a recusa da «dialéctica». Sempre foi assim, sempre assim será. Ele dá aulas, não as discute. Não tem dúvidas e raramente se engana. Na sua essência, o cavaquismo, entendamo-nos, é isto. Na sua essência, o cavaquismo, entendamo-nos, é medíocre.
No caso, não tem sequer a ver com Direita ou Esquerda. Até podia ter, mas nem sequer é esse o caso. O professor Cavaco é apenas um exemplo de um eucalipto político. E, eu, nesta matéria, prefiro francamente os animais aos eucaliptos.

||||| Escrito por dm :: 11:04 da tarde :: 0 Comentários