[Albergue Espanhol]


«Portugal: questão que eu tenho comigo mesmo (...), feira cabisbaixa, meu remorso, meu remorso de todos nós...» {Alexandre O'Neill}

terça-feira, novembro 21

O veigarista

O senhor José Veiga foi ouvido por um juiz. Saíu constituído arguido (o que, só por si, não seria muito grave), foi obrigado a prestar uma caução de 500 mil euros para não ficar detido e ficou com o passaporte retido (o que significa haver fortes indícios da prática de um crime e perigo de tentar fugir). À saída disse: «O Sporting é que tem de dizer onde está o dinheiro». E, aparentemente, ninguém entre os jornalistas (ou cabos de microfone?), levantou a voz para rebater. Extraordinário!

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sexta-feira, novembro 17

Circo

A entrevista do doutor Santana Lopes (RTP1) teve mais audiência que a do professor Cavaco Silva (SIC)

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quinta-feira, novembro 16

Veiga

Arresto é muito mais fino do que penhora, não é?

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quarta-feira, novembro 15

Falta de vergonha (e de memória)

Faz agora dois anos, Bagão Félix fez aprovar na AR, pela maioria PSD/PP, um Orçamento de Estado que era uma fraude absoluta. Não há outra palavra para o designar (só a título de exemplo, nem os aumentos salariais anunciados para a Função Pública tinham cabimento orçamental!).
Hoje, Bagão Félix continua a ser ouvido como especialista e a falar de cátedra sobre estes temas (podia dedicar-se só ao futebol...), sem revelar qualquer vergonha, exibindo uma total falta de pudor. É preciso ter lata!
Mas desde que se vê o PSD de Marques Mendes, friso o PSD de Marques Mendes, a queixar-se de manipulação informativa da televisão do Estado, já nada admira.

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quinta-feira, novembro 9

Run, run (sfeld)

Paulo Portas já lá vai. Donald Rumsfeld também. Já só falta o José Manuel Fernandes.

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terça-feira, novembro 7

José Manuel Fernandes ou o escarro

O editorial de ontem de José Manuel Fernandes no PÚBLICO - sobre a condenação à morte de Saddam Hussein- é uma das páginas mais negras do jornalismo português, bem à altura do seu autor. Um escarro.
Numa altura em que é sabido que o prejuízo do PÚBLICO aumentou três vezes nos três primeiros trimestres deste ano, numa altura em que se sabe que, desde que assumiu a direcção do jornal até hoje, o PÚBLICO tem vindo sempre a descer as suas vendas,numa altura em que se sabe que o PÚBLICO está a despedir jornalistas, se a JMF restasse um pingo que fosse de dignidade só havia uma saída: incluir-se na lista de despedidos. Essa é que é essa!

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quinta-feira, agosto 31

(Só) uma pistazinha

Esperemos que não facilite muito a vida... As iniciais são ECT e continua a escrever no PÚBLICO.

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Mais um docinho...

... para quem adivinhar quem escreveu este outro belo naco de prosa, publicado a 12/6/2005:
«As televisões estão felizes: começaram os incêndios! Começou a 'época', com data marcada, como a dos banhos. Já há ecrãs em chamas, emoções cruas, acusações cruzadas, repórteres sem fôlego, temperaturas altas, casas em perigo, mulheres que choram, homens que gritam, hectares ardidos, biliões de hectares, aviões em terra, tempestade no ar, políticos incomodados, prós e contras, tempos de antena, 'ilcópteros' parados, mangueiras sem água, imagens tremendo, voyeurs incendiários, incendiários voyeurs, soldados da paz, heróis repórteres, corações ao alto, 'Portugal a arder', é fogo posto, posto na televisão, posto p'la televisão, ecrãs em chamas.
Não foi sempre assim. Há 20 anos a televisão única, as rádios e os jornais não ligavam pevide aos incêndios. Eram factos da vida e ficavam longe de Lisboa. Foi antes da concorrência.
Agora há. E tal como as imagens de pedofilia na Internet promovem a pedofilia, também as imagens excessivas dos incêndios nas televisões promovem a piromania. sabe-se que há incendiários que ateiam incêndios para os ver na televisão. Quanto mais ecrãs em chamas, mais chamas nas florestas. Seria bom os operadores pensarem em auto-regulação específica nesta matéria diminuindo a cobertura em excesso. Salvemos a floresta! Diminuamos os incêndios a dois minutos de antena!»

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Um docinho

Um doce para quem acertar a quem pertencem estas palavras, publicadas no dia 28 de Agosto de 2005:
«Não mostrar excesso de chamas seria 'censura'. O conceito serve para se rejeitar qualquer mudança, sugerida do exterior, no jornalismo praticado hoje.
E hoje os canais mostram quantas imagens de incêndios querem mostrar, mesmo contra o interesse da maioria dos espectadores. Ninguém faz censura, nem eles fazem 'auto-censura'. Já as decapitações e assassínio a sangue-frio de reféns (quase) não mostram. Fazem 'auto-censura' porque fazer jornalismo é, entre outras coisas importantes, seleccionar.
Há um debate a fazer. Evitar o excesso de imagens de incêndios poderia - deveria - fazer parte da selecção jornalística com boas regras éticas e profissionais. O fantasma da 'censura' é um pretexto para os canais, incluindo a preocupada RTP, poderem explorar o sensacionalismo e procurar mais freguesia para si mesmos».

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Acordar

De uma longa hibernação. A tempo de saudar A Origem das Espécies, por todas as razões. E mais uma.

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sexta-feira, junho 23

Desabafo longo

Um dos problemas da discussão em torno dos incêndios florestais, é a facilidade com que alguns bitaiteiros têm opinião formada, e definitiva, sobre o tema, como aliás sobre a crise em Timor, o melhor onze da selecção nacional, a lagarta do pinheiro, ou, se for preciso, sobre a influência da geada nas leguminosas. São o que se podia chamar polivalentes ou jogadores universais. Valem uma fortuna no mercado. Há exemplos que vão da Manuela Moura Guedes ao Paulo Gorjão.
Qualquer tentativa de racionalizar o debate é rechaçada, eles sabem tudo de tudo, num paradigma de arrogância sem paralelo.
É óbvio que ninguém pode garantir que não vai haver grandes incêndios, ninguém o fez. Só mesmo se Paulo Gorjão fosse MAI é que o assunto ficaria definitivamente resolvido. Infelizmente, o País não optou por essa via. Aliás, tais personagens caracterizam-se pela cobardolice mais rasca, preferindo o bitaite à contribuição para a resolução do problema.
O que se tem dito - desde o ministro da Administração Interna que temos ao Presidente da República que temos - é que o País está hoje melhor preparado do que no passado.
Nos três dias em que lavrou o célebre e terrível incêndio de Barcelos, de 4 a 6 de Junho, registaram-se em Portugal 762, repito 762 ocorrências de fogos florestais. O País só ficou a conhecer o de Barcelos (e, todavia, em Barcelos, no dia 4 de Junho, rebentaram mais 12, repito 12 incêndios). Porquê? Pela simples razão que os outros 761, repito 761, foram apagados na intervenção inicial. Porque em muitos deles, como determina a Directiva Operacional Nacional para 2006, os meios aéreos ligeiros e médios foram utilizados para os apagar. Um claro fracasso, claro, para os teóricos polivalentes. Ponto que deve ser sublinhado, caso alguém acho isso relevante, claro: no incêndio de Barcelos não ardeu nem uma casa de habitação.
No ano passado, é bom que se saiba, houve dias em que em Portugal houve mais de 500 ocorrências. Ora, com 500 incêndios por dia, não há dispositivo que garanta que haja meios suficientes para acorrer em todo o lado. A não ser que o País entenda, pode fazê-lo, que todos os seus recursos financeiros sejam afectados a este combate, mas julgo que nem o Gorjão iria tão longe.
Os técnicos indicam que os meios aéreos ligeiros e médios não têm nenhuma utilidade para o combate a incêndios em grande escala. São úteis para transportar brigadas helitransportadas para os fogos nascentes e procederem a um primeiro ataque com água- e têm-se revelado muito úteis (mais de 98,5% dos fogos deste ano foram apagados nessa primeira intervenção).
Qualquer especialista que Gorjão ou outro consulte lhe explicará que muitas vezes, naqueles casos, de incêndios alargados, a grande maioria da água lançada por esses meios aéros ligeiros e médios nem sequer chega ao solo. Evapora com o calor. Como parece acontecer com a inteligência de alguns dos bitateiros de Portugal. Reconheço que a ideia da colher de chá e da lareira está um pouco gasta. Podemos utilizar outra: imagine-se o Gorjão a cuspir para a lareira. O efeito devia ser similar.
Os meios aéreos pesados, designadamente os célebre Canadair, esses sim, podem ser úteis, nalgumas circusntâncias, em ataques ampliados. Portugal dispõe de 2, alugados, que são os únicos disponíveis no mercado europeu (embora se vá avançar para a aquisição de aviões pesados. Chegaram a Portugal no dia 11, antecipando de alguns dias a sua chegada, prevista para o final deste mês). No fim do mês chega para testes um avião russo, o Beriev, que vem cumprir uma série de testes para se saber se, no âmbito da aquisição dos aviões pesados pelo Estado português, constitui uma alternativa válida aos Canadair.
O que pessoas responsáveis deviam fazer em Portugal era fazer pedagogia. Explicar que a crendice popular de que os fogos se apagam do ar não passa disso. Essa bonita ideia não tem qualquer validade científica. Zero, nicles. Mas isso para os gorjões de Portugal é uma irrelevância, estragam os bitaites tão bem arrebitados.
Para um político, perante este tipo de situações, existem duas opções, só duas: ou cede ao populismo, à pressão popular, à pressão dos media, em particular das televisões. Ou não. Mantém a estratégia, assente nas opiniões de todos os especialistas e cientistas, até que lhe provem que, tecnicamente, essa solução está errada.
Vai haver incêndios? Vai haver concerteza. E, se registarem picos de ocorrências, haverá certamente grandes incêndios, porque a primeira intervenção não chegará a todos. E lá virão os gorjões, excitadíssimos, explicar que falhou tudo. É que eles vivem disto.

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quinta-feira, junho 8

Francisco

Estou muito, mas mesmo muito, contente com a atribuição do prémio da APE ao Francisco José Viegas.
Primeiro, por ser inteiramente justo. Longe de Manaus, como o anterior Lourenço Marques, é um magnífico livro.
Segundo, porque sou um grande admirador do Francisco e da sua obra, desde que, já lá vão tantos anos, li o Crime em Ponta Delgada e, com ele, descobri as maravilhosas ilhas de brumas, essa paixão comum.
Terceiro, porque gosto muito do Francisco, meu amigo, compadre, cúmplice.
Quarto, porque nunca me poderei esquecer que uma das noites da minha vida - que recordo com um carinho imenso - foi passada em Chaves, num terraço da casa dos pais do Francisco, numa noite quente de Verão, a beber cidra muito fresca e a conversar, conversar, conversar.
Quinto, porque o Francisco ajudou-me sempre a descobrir coisas que valem a pena ser descobertas.
Sexto, porque se não fosse o Francisco nem o Albergue Espanhol era o que é.

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sábado, abril 22

FC Porto

Grande vantagem da noite: terminou o mandato do Benfica como campeão.

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quarta-feira, abril 19

Chico 3 já cá canta

Mão verdadeiramente amiga fez-me chegar a terceira caixa da notável colecção de DVD's de Chico Buarque, acabadinha de sair no Brasil (as duas primeiras - um total de seis DVD's- já estão à venda em Portugal). Chico 3 inclui «Uma palavra», «O futebol« e «Romance». Um bom programa para o próximo fim-de-semana. Água na boca.

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Por debaixo dos panos

O Casino de Lisboa é a obra que a gestão PSD da Câmara de Lisboa pode exibir, depois de quase cinco anos no poder. Mais nenhuma, para já, ainda nem o túnel do Marquês (que deverá ser a segunda obra). Zero. Tirando uns cartazes gigantescos a anunciar que «aqui [ali]» vai nascer esta ou aquele obra. Mas Manuel Maria Carrilho, oh horror dos horrores!, se calhar tinha razão: por trás dos cartazes, nicles, rien, nada.

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A festa

O Casino de Lisboa abriu. Uma festa de arromba, com directos em todas as televisões e telefonias. Contam-nos de uma sessão fantástica de fogo de artifício. Talvez uma das canas da festa tenha caído no Parque Mayer. Foi tudo em nome dele, recordam-se?

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segunda-feira, abril 17

Regressar

Fim. Das férias (incluindo uma romagem de agradecimento a Barcelona...).

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quinta-feira, abril 6

Hehehehe!

Visca Barça! E obrigado.

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quarta-feira, abril 5

Atlântico (V e conclusão)

Não perdi muito com a troca, mas prefiro a MAD. É mais liberal.

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Atlântico (4)

Para não dizer que há má-vontade: concordo com Manuel Falcão no seu texto sobre a TSF (pág. 50).
Vou mesmo mais longe: está uma merda aquela rádio, Fernando Alves aparte. Basta comparar com a informação da Antena 1 ou da Rádio Renascença, por exemplo.

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Atlântico (3)

Mas a direita liberal portuguesa é muito sui-generis. A chinela escorrega-lhes sempre do pé. P'rá direita, claro.
Na página 12 da Atlântico de Abril, um dos sacerdotes da causa, saído da catacumbas da Faculdade de Economia da Universidade Nova (de onde mais podia sair?), Luciano Amaral lança um violento arrazoado sobre o «liberalismo» de Hollywood, que se dedica a fazer filmes sobre cowboys e escritores gay (Brokeback Mountain e Capote), ou sobre o McCarthismo e o racismo, em vez de se dedicar a temas tão interessantes como o Gulag ou os milhares de mortos da responsabilidade de Che Guevara. «Haveria tantos temas dignos de atenção, mas a que a "comunidade" (como ela gosta de se designar) não liga nada», queixa-se, com justiça, o pobre Luciano.
Então, sobre o McCarthismo é que ele já não suporta, tanto mais, explica lucidamente Amaral, que, «hoje, sabe-se que todos os que foram denunciados por McCarthy enquanto espiões da URSS eram efectivos espiões da URSS». O que faz de Good Night, and Good Luck, de George Clooney, «talvez, o filme mais desonesto de todos os apresentados». Luciano dixit.
Mandasse Luciano Amaral, um liberal de gema, e tudo seria diferente. Ai isso seria! Porque «a estupidez dos activistas de Beverly Hills não carece de confirmação. Mas o que dizer daqueles, como, como nós, que tão pacientemente os aturam?» Sim, o que dizer?

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Atlântico (2)

Mas a Atlântico também tem espaço para o liberalismo conservador, versão camionista. Trata-se de uma banda desenhada de fino gosto, muito próprio da direita liberal portuguesa, intitulada «O Sócrates». Fantástico o gosto que a prancha revela.
Só vos digo: se o critério de gosto fosse o mesmo, ainda bem que a BD não se chama «O Portas»! Podia ser um escândalo!

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Atlântico (1)

Não foi uma decisão fácil, mas este mês em vez de comprar a MAD, optei por adquirir a Atlântico. Não fiquei nada a perder, começo por dizer. O liberalismo de Direita tem muita graça.
Aquilo começa com um editorial, na página 2 (página 2 que corresponde ao que na imprensa tradicional, dominada pela esquerda caquética, seria a página 4, em mais uma prova da capacidade de inovar dos liberais conservadores portugueses), a atacar esse velho comunista chamado José Pacheco Pereira por ter tido o atrevimento de dizer que a Atlântico fazia parte do exército de Paulo Portas. O director explica que isso não passa de uma vil mentira. Pior: dor de cotovelo. No fundo, explica PPM, Pacheco Pereira treme de medo «de ver aquele que considerava ser o seu espaço privado de comentário ocupado e disputado por uma nova geração»! He, he,he! E PPM (Paulo Pinto Mascarenhas) anuncia a nova que fará tremer todas as Marmeleiras deste mundo: «O estranho mundo do dr. Pacheco tem os dias contados». Não faz a coisa por menos, o homem. Pimba! Cuidado, José.
Na página 4, duas páginas a seguir, nas «Notas dispersas», desmentindo as viperinas teses do homem cujo estranho mundo tem os dias contados, pode ler-se: «Muito interessante foi o regresso de Paulo Portas à vida política activa, com o seu programa O Estado da Arte, na SIC/Notícias». Desde logo, «o ex-ministro da Defesa, que também mostrou vastos conhecimentos cinéfilos e de política internacional (...) é já o candidato número um a receber o prémio de liberal conservador do ano».
É um mimo esta Atlântico.

||||| Escrito por dm :: 11:46 da manhã :: 0 Comentários




terça-feira, abril 4

Um português

Sou português e tenho muito orgulho disso.
Comovo-me cada vez que ouço A Portuguesa.
Adoro bacalhau, cozido à portuguesa, peixinhos da horta e passarinhos fritos.
Tudo isso e mais alguma coisa.
Mas amanhã quero (mesmo muito) que o Barcelona ganhe ao Benfica.
Gosto muito da Catalunha, de Barcelona, do Barça. Gosto mais da Catalunha do que do Benfica (o que não quer dizer muito, porque gosto mais de quase tudo do que do Benfica).
O meu patriotismo, que não permito que ninguém ponha em causa, não se mede aos futebóis.
Nota: Este post só é escrito porque ouvi ontem o jornalista David Borges dizer, na SIC Notícias, dirigindo-se a um cidadão, adepto de um outro clube que não o Benfica, que este, «como português», ia apoiar, «naturalmente», o Benfica.
Eu, amanhã, torço, «naturalmente», pelo Barcelona. Tão «português» e tão «naturalmente» como qualquer outra pessoa que apoie o Benfica. E era o que faltava que qualquer teste ao portuguesismo de alguém passasse por um jogo de futebol!

||||| Escrito por dm :: 3:19 da tarde :: 0 Comentários




Pimba

É só impressão minha ou o presidente do Benfica está cada vez mais parecido com o Quim Barreiros?

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Alcoolemia

A reacção dos produtores de vinho à simples sugestão de se poder vir a mexer na taxa de alcoolemia prevista no Código da Estrada revela um lóbi bem organizado. O argumento mais extraordinário é o de o vinho não ter influência no grau de alcoolismo dos condutores portugueses, mas sim as bebidas brancas e espirituosas. Ora, se é assim, como lembrava ontem Ferreira Fernandes na sua coluna do Correio da Manhã, porque é que os produtores de vinho se incomodam tanto com a ideia?

PS (1)- Hoje, o DN publica um artigo intitulado «Deputados do PS contra redução da taxa de alcoolemia», com base em declarações do deputado Rui Vieira. Que, além de deputado do PS, é produtor de vinho (condição que o artigo ignora, certamente por desconhecimento).

PS (2)- No ano passado, de entre os poucos mais de mil mortos nas estradas portuguesas, mais de 650 apresentavam uma taxa de alcoolemia superior à permitida pela lei.

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sexta-feira, março 31

O PSD ou o défice de vergonha

A reacção do PSD ao défice de seis por cento dá vontade de rir. A reacção do PSD ao PRACE («é pouco») dá vontade de rir. O PSD de Marques Mendes dá vontade de rir. É um caso claro de défice de vergonha na cara.

||||| Escrito por dm :: 8:13 da tarde :: 0 Comentários




Maxime imperdível

O Cabaret Maxime está o máximo, com a sua nova gerência. E como qualquer grande estabelecimento nocturno já publicita o seu programa para o mês seguinte. Um Lux(o). Para além da grande Aldina Duarte, uma fadista e pêras, esta noite, e de José Cid («a mãe do rock português») amanhã, um Março a encerrar em beleza, há desde já dois grandes destaques para o mês que vem, a merecer o rótulo de imperdível. No dia 6, 5ªa feira, o açorianíssimo Zeca Medeiros aterra na Praça da Alegria, com a sua voz telúrica. No dia 24 de Abril, os Irmãos Catita apresentam o espectáculo «Vozes da Revolução». Palavras para quê?

||||| Escrito por dm :: 8:06 da tarde :: 0 Comentários




quarta-feira, março 29

Ocho

Título da Marca (insuspeita de barcelonismo) sobre o jogo de ontem à noite: El Barça pudo meter ocho!

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fair play

Se fossemos sportinguistas, depois do jogo de ontem atirávamo-nos ao árbitro e diríamos que nos estavam a tentar empurrar para fora da competição; se fossemos portistas pedíamos uma reunião na UEFA para ir lá denunciar uma informação de um presidente de câmara de uma qualquer cidade europeia a jurar que tinha jantado no mesmo restaurante que o árbitro e que o tinha ouvido jurar que havia de prejudicar o Benfica. Como felizmente não somos uma coisa nem outra, temos "fair play" e sabemos reconhecer: tivemos azar (se aquela bola do Simão entra...)

||||| Escrito por rf :: 2:53 da tarde :: 0 Comentários




Cantos

Ser pequeno é festejar um canto como se fosse um golo, como sucedeu ontem à noite no Estádio da Luz. Cantos: Benfica, 1- Barcelona, 9.

||||| Escrito por dm :: 12:23 da tarde :: 0 Comentários




terça-feira, março 28

o melhor futebol do planeta

Agora desculpem, mas que páre o mundo. Vai-se jogar o melhor futebol do planeta: Simão, Geovanni, Petit, Manuel Fernandes, Léo...

||||| Escrito por rf :: 7:36 da tarde :: 1 Comentários




Vigaristas

Uma série de cidadãos portugueses foram para o Canadá e para tentar por lá ficar invocaram o estatuto de refugiados, alegando motivos vários, desde perseguição por motivos de opção sexual, até perseguição por motivos religiosos e políticos. Vigarice pura, por pura opção pessoal.
Os canadianos, que não são parvos, recusaram conceder-lhes o estatuto e estão a metê-los em aviões para Portugal.
Os ditos cidadãos, que não conseguiram vigarizar as autoridades canadianas, escandalizam-se e, extraordinariamente, parte do País também. Choram que o Governo português - que governa o País que os estaria a perseguir - não os ajuda, nem lhes liga nenhuma.
Eu sei o que faria a estes cidadãos, mas admito que aquilo que me passa pela cabeça não seja praticável

||||| Escrito por dm :: 3:54 da tarde :: 0 Comentários




Eleições leoninas

De hoje a um mês - dia 28 de Abril - é dia de votar. Recusar o populismo fácil que tem feito escola noutros clubes e que os sportinguistas têm sabido rejeitar. Recusar Dias Ferreira, Abrantes Mendes e quejandos. Prosseguir o caminho da credibilidade. Apostar num futebol mais forte e competitivo. Eis o Sporting.
Mas, para já, concentremo-nos na Liga. Depois, nos votos.

||||| Escrito por dm :: 3:22 da tarde :: 0 Comentários




Escândalo

A TV Cabo prepara-se para acabar com o GNT, substituindo-o pela televisão brasileira da IURD, a Record. Significa perder os programas de Jô Soares e os noticiários da TV Globo (os melhores de toda a televisão brasileira). Perdoai-lhes Senhor, a TV Cabo não sabe o que faz...
Trata-se de uma decisão absurda, que prejudica o serviço que a TV Cabo presta aos telespectadores. É um escândalo.

||||| Escrito por dm :: 3:17 da tarde :: 0 Comentários




segunda-feira, março 27

Para bom entendedor...

Não aprecio particularmente o personagem, mas rendo-me à "frase-título" de Baptista-Bastos, hoje, em entrevista no DN: "Escrever sem sombra de paixão é um acto imoral". Devia ser colocada na parede de todos as redacções e gabinetes de directores de jornais.

||||| Escrito por rf :: 6:28 da tarde :: 0 Comentários




À vista desarmada

Pode ser da minha má natureza, eu admito, mas tenho cá para mim que nenhuma pessoa que tenha uma arma ilegal em casa o faz com boas intenções. Não acredito na história da mera "defesa pessoal" - essas pessoas geralmente têm a preocupação de legalizar as armas que têm em casa. Portanto, também não acredito que quem tenha armas ilegais em casa viva com grandes problemas de consciência. Mas pode ser, não digo que não, que a bondade do MAI vá tocar fundo no coração de mafiosos, bandidos e malfeitores... Já agora podiam alargar a medida aos traficantes de droga, aos chulos e proxenetas, a corruptores e corruptos, aos árbitros de futebol: entreguem as armas, as drogas, as mulheres, o dinheiro e não serão punidos. Aproveitem a boa vontade do governo, esta é a vossa grande oportunidade para se regenerarem!

P.S. E o canivete, também será para entregar?

||||| Escrito por rf :: 5:19 da tarde :: 0 Comentários




quinta-feira, março 23

Azia

Todos fizeram aquilo para que são pagos. Liedson marcou. Vítor Baía defendeu. Olegário Benquerença roubou.

||||| Escrito por dm :: 11:33 da manhã :: 1 Comentários




quarta-feira, março 22

Os agricultores de Portugal

Ser empresário agrícola em Portugal deve ser a actividade de menor risco no mundo civilizado.
Se chove demais, subsídio.
Se chove de menos, subsídio.
Se cria vacas, subsídio.
Se cultiva girassóis, subsídio.
Se cultiva, subsídios.
Se deixar de cultivar, subsídios.
Se, subsídios.
Subsídios, subsídios, subsídios, subsídios.
Subsídios.
Quando os vejo aos gritos, a exigirem... subsídios e a demissão do ministro, por: 1. não lhes dar mais subsídios; 2. não lhes pagar subsídios a tempo; 3. não lhes dar subsídios suficientes, vem-me só uma palavrinha à cabeça.
Chulos.

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segunda-feira, março 20

obrigado mantorras

Como anunciado pelo Duarte e graças ao Mantorras (ainda o havemos de vender por 18 milhões) cá estou eu de volta ao Albergue. Sem saber muito bem porquê nem para quê, mas pedindo desculpas aos milhares (milhões talvez) de leitores pela ausência prolongada, regresso a este blogue sem prometer voltar a escrever com assiduidade, nem tão pouco deixar de chatear de vez. Mas como o Duarte merecia (ou não, coitado) e o Mantorras também...

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quinta-feira, março 16

Bem prega Frei Fernandes

Por falar em atraso. Na altura do regresso de Fátima Felgueiras a Portugal, o Público referiu a existência de pressões que o PS teria feito sobre o aparelho judicial. Perante os desmentidos socialistas, o Público anunciava que, em breve, contaria toda a verdade, mas mesmo toda, pondo a nú essas horrendas relações promíscuas entre o PS e a Justiça, desmascarando quem havia a desmascarar, pondo tudo em pratos limpos.
Não pude deixar de me lembrar desse episódio quando li o artigo de José Manuel Fernandes na Atlântico, em que se arvora em pregador laico sobre as formas mais ou menos eficientes do jornalismo dominante para impor ao País uma agenda política que ninguém sufragou...

||||| Escrito por dm :: 6:39 da tarde :: 0 Comentários




Mais vale tarde

O JN insere hoje uma pequena nota a assumir o erro da sua manchete de terça-feira.

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Esperanças

O Rui tem andado ausente do Albergue, mas ontem anunciou-me que regressaria logo que o Benfica ganhasse. Tenho (muitas)esperanças que ele reconsidere e regresse logo, logo, o mais depressa possível.
Sem condições tão difíceis como aquela de que ele me falou ontem...

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quarta-feira, março 15

Atlântico

Na próxima sexta-feira, em duas salas do Pavilhão Atlântico, reúnem-se as assembleias magnas do PSD e do Sporting. O PSD na sala mais pequena (Tejo). O Sporting Clube de Portugal na sala maior. As instituições são assim. Também se medem aos palmos.

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Conselho de Estado

O novo Presidente da República já escolheu os cinco nomes que lhe compete indicar para o Conselho de Estado. São a confirmação que Marques Mendes já não conta para este campeonato.

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Como quem não quer a coisa

Nem uma notinha na edição do JN de hoje a reconhecer o erro da manchete de ontem. Assobiar para o ar...

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terça-feira, março 14

Inflação

Manchete do JN de hoje: «Mais 40% de casos de agressões a polícias».
Título da peça das páginas 6 e 7 que sustenta a manchete: «Agressões às forças policiais sobem dez por cento na PSP e na GNR».
Sem comentários.

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segunda-feira, março 13

Catalão

Já cá canta. 5 euros. O cachecol é lindo. Uma pequena palavra, 5 letrinhas. «Barça».

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Marisa

Não um, mas dois. Depois de longa ausência, com Tribalistas pelo meio, dois discos novos da Marisa Monte. Obrigatórios.
Obrigado, senhora.

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sexta-feira, março 10

Champions

SMS recebido hoje às 12.12:
O Barça ficou isento desta eliminatória.

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